Especificações de Hardware

O padrão RS232 como um todo não descreve só como os bits têm que ser arranjados nos quadros. Ele também nos informa como devem ser as partes "físicas" envolvidas na comunicação.

A seguir, temos resumidos alguns aspectos importantes do padrão RS232. Como veremos em aulas futuras, esses padrões servirão apenas para nos guiar sobre as conexões, pois eles especificam a comunicação com fio. Como iremos utilizar transmissores sem fio, não iremos obedecer esta parte do padrão (embora seja importante saber para realizar testes).

Sinais e linhas físicas – A primeira coisa que nos vem à cabeça quando pensamos em comunicar serialmente (mandando um bit por vez) é: "Por onde estes bits vão passar e como faz para transmitir e receber dados ao mesmo tempo?" Na aula passada, vimos que os bits são representados por tensões elétricas em um fio. Para que tanto um dispositivo quanto o outro possam enviar e receber mensagens, precisa-se de 2 fios (3 se contar com o terra ou referência). Esses fios no protocolo RS232 são denominados de TX e RX. Existem chamadas "linhas" no protocolo, mas focaremos aqui nas "linhas" TX e RX.

Conector –Para que possamos ligar os dispositivos, os padrões especificam até o conector a ser utilizado. No caso específico da comunicação serial utilizando o padrão RS232, os conectores mais comuns são o DB9 e o DB25 (com 9 e 25 pinos, respectivamente). A Figura 2 ilustra esses conectores.

Tensões – As tensões elétricas usadas para representar um bit 1 ou 0 no padrão RS232 são também especificadas. Nesse caso, os bits 0 são representados por tensões que podem variar de 3 a 15 volts. O bit 1 é representado por tensões entre -3 e -15 volts (isso mesmo, é "ao contrário", bits 1 são negativos e bits 0 são positivos).

Velocidade – O fator mais importante para nossa disciplina do padrão RS232 é a velocidade de transmissão. O padrão especifica diversas velocidades que podem ser utilizadas. Alguns exemplos dessas velocidades são (em bits por segundo ou bauds): 1200, 4800, 9600, 115200.

Mesmo essas velocidades sendo padronizadas, não é estritamente necessário que elas sejam obedecidas exatamente. Se for combinado entre o transmissor e o receptor uma velocidade diferente dessas, a única coisa que deve ser garantida é que ambos (transmissor e receptor) operem nessa mesma velocidade.