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Certamente, você já deve ter escutado a palavra confiança. Em um SMP, esse termo possui um significado bastante específico e importante que pode ser inclusive quantificado, ou seja, traduzido em números. Você já imaginou que um certo indivíduo é 86% confiável? É um tanto difícil em se tratando de pessoas, você não acha? Em equipamentos, isso é possível, porque podemos estabelecer através de dados de registro de ocorrências uma expectativa do que poderá ocorrer no futuro.
A operação prolongada e eficaz dos sistemas produtivos de bens e serviços é uma exigência vital em muitos domínios. Nos serviços, como a produção, transporte e distribuição de energia, as falhas súbitas causadas por fatores aleatórios devem ser entendidas e contrabalançadas se se pretende evitar os danos não só econômicos, mas especialmente sociais. Assim, deve-se estabelecer um planejamento de manutenção em equipamentos para que se tenha o menor tempo possível de paralização da produção, como ilustra a Figura 9.
Também nas Indústrias, hoje caracterizadas por unidade de grande volume de produção e de alta complexidade, dotadas de sistemas sofisticados de automação, impõe-se, com grande acuidade, a necessidade de conhecer e controlar as possibilidades de falhas, parciais ou globais, que possam comprometer, para lá de certos limites, a missão produtiva. As perdas operativas traduzem-se aqui por elevados prejuízos econômicos para a empresa e para o país.
Essas exigências impulsionaram a criação e desenvolvimento de uma nova ciência: a teoria da confiabilidade, tendo, sua evolução, registros desde os tempos da revolução industrial e que continua a receber contribuições na literatura. Esse conceito tem por escopo os métodos, os critérios e as estratégias que devem ser usados nas fases de concepção, projeto, desenvolvimento, operação, manutenção e distribuição de modo a se garantir o máximo de eficiência, segurança, economia e duração. Em especial, visa-se ao prolongamento da atividade do sistema a plena carga e de modo contínuo, sem que o sistema seja afetado por defeitos nas suas partes integrantes.
Assim, um equipamento ou toda uma fábrica, por exemplo, possui boa confiabilidade quando o tempo de parada ocasionada por falha é pequeno em comparação ao tempo de operação normal. Assim, se em sua casa a televisão nunca quebrou, podemos dizer que a TV possui boa confiabilidade, como ilustra a Figura 10.
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