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Quando o tiristor está polarizado diretamente (a tensão sobre ele coincide com a sua polaridade), apenas conduzirá se um sinal de tensão positivo for aplicado no gatilho, caso contrário, mesmo estando polarizado diretamente, ele não conduz. E quando ele está polarizado reversamente (a tensão sobre ele é contrária à sua polaridade), não conduz de forma alguma, independente da tensão aplicada no gatilho. A Figura 4 mostra exemplos de condução do tiristor
A Figura 4 mostra dois sinais de tensão, o que é aplicado no tiristor entre o anodo e o catodo (na parte superior) e o sinal de tensão que é aplicado no gatilho (parte inferior). A figura é dividida em oito regiões, de R1 a R8, em que as situações são descritas no Quadro 1.
Tensão no diodo | Tensão no gatilho | Condução | |
R1 | Positiva | Zero | Não conduz |
R2 | Positiva | Positiva | Conduz |
R3 | Positiva | Negativa | Conduz |
R4 | Positiva | Zero | Conduz |
R5 | Negativa | Zero | Não conduz |
R6 | Negativa | Positiva | Não conduz |
R7 | Negativa | Negativa | Não conduz |
R8 | Negativa | Zero | Não conduz |
Para saber se um tiristor está conduzindo, primeiro observa-se se a polarização sobre ele é a polarização direta. Analisando o gráfico da Figura 4, nota-se que nas regiões de 5 a 8 tem-se a polarização reversa, logo, já podemos afirmar que nessa região não há condução do tiristor. Sabemos ainda que para a condução do tiristor, além dele estar polarizado diretamente, é necessário ainda que haja um sinal de tensão positivo no gatilho (pelo menos um pulso). Então, de acordo com o gráfico, percebemos que a partir da região R2, onde ocorre um pulso positivo de tensão no gatilho, o tiristor conduzirá, até que a polarização reversa substitua a polarização direta. Portanto, as regiões em que o tiristor conduzirá serão as regiões R2, R3 e R4.
Para que o tiristor conduza é necessário que ele esteja polarizado diretamente e que ocorra, no mínimo, um pulso de tensão positiva no gatilho. Mesmo quando há um pulso negativo no gatilho, isso não é suficiente para retirar um tiristor convencional de operação.
Por causa dessa característica, a qual podemos controlar parcialmente o funcionamento do tiristor como chave, é que ele se enquadra na categoria de chaves semicontroláveis. Não temos como controlar totalmente as características do sinal que o tiristor deixa passar, mas podemos ao menos controlar o tempo de abertura da chave.
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