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Para entendermos melhor o comportamento do indutor em um circuito de corrente contínua, vamos observar o circuito elétrico mostrado na Figura 8, constituído de uma bateria, que fornece uma tensão U, um resistor de resistência R e um indutor de indutância L.
Inicialmente, com a chave S na posição desligada, não existe corrente no circuito, ou seja, I = 0. Ao ligarmos a chave, como o indutor se opõe às variações de corrente, a corrente I permanece igual a 0 (zero). Mas como isso se dá? Instantaneamente, sobre o indutor, gera-se uma diferença de potencial ou tensão $U_{L}$ de mesmo valor da tensão da fonte U, mas de sentido contrário. Dessa forma, se $U - U_{L} = 0$, pela Lei de Ohm, RI = 0, ou seja, I = 0.
A corrente, então, inicialmente é zero, não havendo assim variação brusca. A reação do indutor, caracterizada por UL, passa a diminuir acarretando um aumento da corrente gerada pela fonte de tensão e, consequentemente, passa a existir uma queda de tensão sobre o resistor. Por conseguinte, isso leva UL a diminuir ainda mais o seu valor. Essa sequência continua até que a corrente atinja o seu valor máximo, aproximadamente igual a U/R, momento em que UL é aproximadamente 0 (zero). Esse decaimento da tensão UL é proporcional a uma constante de tempo dada por L/R. O gráfico da Figura 9 mostra a relação da variação da tensão UL sobre U em função tempo t.
De maneira análoga ao que fizemos com o capacitor, é possível também mostrar que se a corrente estiver em seu valor máximo e a fonte for desligada, ela permanece no seu valor máximo e vai decaindo até zero de acordo com uma proporcionalidade de tempo dada também por L/R.
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