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A partir dos anos 1990 os computadores passaram a ser utilizados em experiências de educação a distância, pois os equipamentos começaram a ficar mais acessíveis à população. Essa geração pode ser classificada em duas fases - do ensino multimidiático e do ensino on-line.
A principal característica da primeira fase, como o próprio termo sugere, era o aspecto multimidiático, propriamente dito, e a velocidade de compartilhamento desse tipo de conteúdo. E olha que estamos falando de uma época em que a internet ainda não era disseminada e, muito menos, popular! Entretanto, o material poderia ser entregue por meio de disquetes ou CD-ROM enviados por correspondência. O diferencial comparado a todas as gerações que precederam era o caráter efetivamente multimidiático, pois permitia uma maior variedade de linguagens e mídias para representar os conceitos explorados e a interatividade. Alguns cursos eram sistematizados em softwares educativos que organizavam e apresentavam o conteúdo e corrigiam as atividades com feedbacks automatizados. Esses tipos de programas de computador eram chamados de CAI, sigla em inglês para instrução assistida por computador (BARANAUSKAS et al., 1999).
Alguns recursos dessa natureza ainda são utilizados! É bem provável que, em breve, você se depare com algum nos próximos materiais didáticos de disciplinas dos cursos técnicos do IMD. Ah, lembra do caso da Minerva da aula anterior? Então, ali apresentamos o que seria um exemplo de um recurso interativo com feedback automatizado.
Além disso, em alguns casos, o uso de e-mails já era considerado para o envio de respostas de atividades. Você pode imaginar a diferença em relação às outras gerações, não?! Apesar de ainda bidirecional e um-para-muitos, a velocidade de armazenamento e a entrega de informações e interatividade passaram a ser muito maiores, se comparadas às outras gerações.
Mas podemos dizer que o salto quantitativo e qualitativo da EaD aconteceu com o maior acesso e a popularização da internet, que demarcam o início da segunda fase - o ensino on-line. Com isso, além de reunir, de certa forma, os "antigos" e "novos" meios para veiculação de conteúdo, as TDIC oportunizaram interação com os usuários. É importante mencionarmos que nessa época surgem os AVA, ambientes utilizados para disponibilizar tanto o material quanto as ferramentas de interação e comunicação entre os participantes (professores e alunos e alunos e colegas).
O ensino on-line, além de ser multidirecional (devido às relações não se limitarem mais a professor e aluno e abrangerem alunos e colegas), é muitos-para-muitos. Ou seja, não há apenas um emissor de conteúdo, ou pelo menos não mais um único exclusivo. Por exemplo, embora você esteja se apropriando desse conteúdo escrito por mim, ao participar de um fórum ou fazer uma busca na internet, outras referências e pontos de vista passarão a influenciar, de alguma forma, sua compreensão sobre o assunto. Por essa razão, tem sido bastante comum em experiências de educação a distância práticas colaborativas entre os participantes.
Além disso, diferentemente de todas as outras gerações e fases da EaD, é possível dizer que com o ensino on-line amplia-se a possibilidade para o aluno passar a ser, verdadeiramente, o centro do processo de ensino e aprendizagem a distância. Afinal, ele não é mais visto como um sujeito que apenas consome e reproduz conteúdo, mas que pode (e deve) construir o conhecimento em parceria com professores e colegas. A diversidade de fontes de informação e ferramentas de interação, comunicação e colaboração devem ser exploradas nesse sentido, visando a auxiliar o desenvolvimento da autonomia discente.
Vale mencionar o papel de destaque dos dispositivos móveis na EaD, os quais já estão influenciando a concepção de ensino on-line. Eu não diria, pelo menos por hora, que já se trata de uma terceira fase dessa geração. Mas é fato que a aprendizagem móvel ou m-learning (do inglês: mobile learning) já desponta com algumas possibilidades inovadoras de educação a distância. A partir de dispositivos como tablets e, principalmente, os populares smartphones é possível aprender qualquer coisa em qualquer lugar. Basta um sinal de internet móvel. Alguns cursos já desenvolvem apps para entregar seu conteúdo e permitir aos seus alunos acesso a ferramentas de interação. Muitos AVA já foram adaptados para dispositivos móveis.
E aí, percebeu o impacto das tecnologias no desenvolvimento da EaD? Aposto que alguns de seus colegas nem sabiam que ela era tão antiga, hein?! Ah, já pensou que uma das formas possíveis de você atuar como um técnico de TI é justamente em instituições onde são ofertados cursos a distância? Pense nisso!
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Todos foram alunos de cursos a distância!
Agora, vamos conhecer um pouco mais sobre como esses aspectos da EaD se apresentam e se adequam aos cursos técnicos do IMD!
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