Alarme

O alarme é uma ferramenta primordial para os sistemas SCADA, pode-se dizer até que é o seu principal objetivo, pois seu controle e gerenciamento mantém a planta funcionando corretamente. Mas agora você pode estar se perguntando, mas não é um alarme? Algo deu errado, né? Realmente, se for pensando no alarme de incêndio em que todos devem correr para uma saída mais próxima, aí sim! Mas existem níveis de alarme e cada um deles pode ser configurado no ScadaBR de modo que se tenha um controle eficiente do sistema.

Os alarmes são tão importantes que existem softwares em plantas industriais apenas para gerenciá-lo, não entrarei em detalhes sobre esses softwares, mas eles estão cada vez mais comuns, principalmente em grandes plantas.

Para a configuração e planejamento dos alarmes é importante levar em consideração alguns aspectos, como:

• Condições e variáveis necessárias para disparar os alarmes - nível, pressão, vazão, temperatura (exemplo de como fazer os outros tópicos);
• Como os alarmes irão indicar ao operador a informação desejada (alarme sonoro, alarme visual, e-mail, sms, etc.);
• Quais informações serão apresentadas no alarme (valor, hora, tempo de duração, etc);
• Como o operador deve reconhecer o alarme (senha e marcação).

No ScadaBR os alarmes são ajustados na aba de configuração do data point (você seguiu esses passos quando renderizou o dado da temperatura), então poderá obter as configurações como mostra a Figura 10. Aqui eles podem ser configurados de acordo com as seguintes mudanças:

• Limite superior - variações acima de um limite;
• Limite inferior - variações abaixo de um limite;
• Mudanças - mudança no valor;
• Sem mudanças;
• Sem alteração;
• CUSUM positiva - corresponde a uma soma ponderada dos valores positivos;
• CUSUM negativa - corresponde a uma soma ponderada dos valores negativos.

Os alarmes podem ainda assumir os seguintes níveis:

• Informação;
• Urgente;
• Crítico;
• Life safety (Risco de morte).

No ScadaBR é possível atribuir mais de um alarme ou nível de alarme a uma variável de acordo com a necessidade, por exemplo, a Figura 11 mostra um alarme para nível baixo quando a temperatura for abaixo de 15°, esse alarme será do tipo informação, e outro alarme de limite superior para quando a temperatura estiver acima de 50°, esse alarme é crítico. Nesse caso, ainda poderia ter colocado um alarme intermediário, com alerta apenas de informação com uma temperatura mais baixa antes de informar o nível crítico. Como você já percebeu, é necessário muito conhecimento para planejar o sistema de alarme.

Para visualizar e reconhecer todos os alarmes, você pode utilizar a watchlist. Perceba na Figura 12 que, após ultrapassar determinada temperatura, apareceu uma bandeira amarela e a “alias”, configurada abaixo do datapoint. Para o reconhecimento do alarme basta clicar no ícone do “V” ao lado do alarme, ou apenas silencia-lo clicando no alto-falante.

É importante deixar claro que os alarmes são colocados em uma planta industrial com um propósito, então, na prática, para reconhecer um alarme o operador deve encaminhar uma equipe ao local e verificar exatamente o que está acontecendo e somente após todas as devidas verificações deve ser reconhecido o alarme.

Você pode ainda reconhecer alarmes clicando no ícone de informação de alarme que consta na aba verde no centro do software, nele abrirá uma tela, como se pode ver na Figura 13, com todos os alarmes do sistema. Para o reconhecimento, basta seguir o mesmo procedimento anterior. Observe no Id 9 na Figura 13, o registro da entrada e saída das pessoas no sistema. Então, é importante ressaltar que, por segurança, o sistema registra quem reconheceu o alarme.

Bem, você chegou ao fim da segunda aula, espero que tenha gostado e assistido com atenção aos vídeos aqui abordados. Ah! Não se esqueça de fazer as atividades e, se preciso, faça algum registro de pontos considerados relevantes.

Até a próxima aula!