Cursos / Automação Industrial / Circuitos Eletrônicos / Aula
É extremamente importante que antes de dar continuidade ao estudo dos retificadores, neste caso os retificadores de onda completa, você certifique-se que compreendeu o funcionamento do retificador de meia onda. Caso não tenha entendido, volte para o tópico anterior e releia o assunto.
Estudaremos agora, o retificador de onda completa. Esse circuito é muito utilizado em dispositivos eletrônicos e tem o funcionamento muito parecido com o do retificador de meia onda.
O retificador de meia onda corta as partes negativas ou positivas da onda senoidal de entrada, dependendo de como o diodo está posicionado. Como você já deve ter imaginado, o retificador de onda completa “rebate” as partes negativas das ondas, as tornando positivas. Veja, na figura 9, a saída de um retificador de onda completa, tem a seguinte forma na saída:
Então, vamos entender como este retificador consegue gerar esta forma de onda. Isso se dá a partir de uma configuração específica de diodos, chamada ponte de diodos. Observe a figura 10:
Tente, antes de ler a explicação abaixo, deduzir o funcionamento da ponte de diodos! É muito simples! Lembre-se de que, quando polarizado diretamente, o diodo atua idealmente como um curto circuito e que, quando polarizado negativamente, o diodo atua como uma chave aberta.
Vamos analisar o circuito. No ponto mais à esquerda da figura, temos a presença do transformador, o mesmo do retificador de meia onda. Sua tarefa é, novamente, diminuir a amplitude da onda senoidal.
Um dos terminais do transformador vai ser ligado entre o diodo 4 e o diodo 1, enquanto que o outro terminal será ligado entre os diodos 3 e 2. A diferença de potencial, que vai ser ligada à carga RL, é proveniente dos terminais entre os diodos 3 e 4 (negativa) e entre os diodos 1 e 2 (positiva).
Sabendo de todas essas informações, vamos analisar o circuito. Antes, vale a pena relembrar que a entrada continua sendo uma onda senoidal, como mostra a figura 11, a seguir.
Onda de entrada:
Quando a onda senoidal, parte vermelha do gráfico acima, figura 11, é positiva, temos os diodos 1 e 3 - representados pela sigla D1 e D3 no circuito - diretamente polarizados. Sendo assim, eles atuam como chaves fechadas, curtos circuitos, deixando o sinal passar normalmente: “indo” por D1 e “voltando” por D3. É possível perceber esse funcionamento analisando a figura 12, a seguir.
Entretanto, quando o sinal de entrada é negativo, como no intervalo entre π e 2π, os diodos D1 e D3 ficam polarizados negativamente e atuam como chaves abertas. Os diodos D2 e D4, por sua vez, serão polarizados diretamente. Assim, a onda senoidal “passará” normalmente: “indo” por D2 e voltando por D4. Repare que, percorrendo esse “caminho”, o resistor RL terá sempre uma tensão positiva em seus terminais, “rebatendo” a onda. Observe a figura 13:
Versão 5.3 - Todos os Direitos reservados