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O efeito magnético, como você terá a oportunidade de constatar em aulas futuras, é um dos mais importantes efeitos causados pela passagem da corrente elétrica em diferentes corpos. Ele se manifesta pela criação de um campo magnético em torno do condutor por onde passa a corrente elétrica e se constitui na base que rege o princípio de funcionamento de muitos equipamentos elétricos, tais como motores e transformadores.
O efeito luminoso, assim como o térmico, é provocado por excitação de elétrons, mas, neste caso, pelo tipo de material utilizado em sua construção, é provocada a emissão de luz. Imagine só a nossa vida sem o devido aproveitamento desse efeito na construção de lâmpadas como as fluorescentes ou PL (Purpose Lamps - lâmpada com finalidade), tão presentes em nossas vidas. Além do que, elas são extremamente econômicas, reduzindo nossas contas de consumo de energia elétrica. Você sabe como é feito o cálculo da energia elétrica que pagamos? Esse também será assunto de uma próxima aula.
Os efeitos fisiológicos são provocados pela ocorrência do que denominamos de choque elétrico, que nada mais é do que a passagem de corrente elétrica pelo corpo de um ser vivo, quando submetido a uma diferença de potencial elétrico. Os efeitos fisiológicos vão desde simples formigamentos, passando pelas contrações musculares (como as observadas por Galvani na musculatura da perna de uma rã), até a destruição total de tecidos, que pode levar à morte. Deve-se ter muito cuidado, porque os valores de corrente elétrica que podem levar à morte não são elevados. Uma intensidade de corrente de 1 mA (um milampère sms_failed) já é suficiente para provocar formigamento. A presença de uma corrente de intensidade de 10 mA já provoca contrações musculares bruscas e descontroladas, o que pode causar a perda de controle dos músculos, tornando difícil a execução de gestos simples como, por exemplo, o abrir de uma mão, gesto este que o poderia livrar do contato com o elemento gerador de um choque elétrico, por exemplo. Já que de 10 mA até 3 A já são consideradas intensidades de corrente mortais.
Os mais perigosos efeitos fisiológicos observados após um choque elétrico são: a tetanização, que é a paralisia muscular provocada pela circulação de corrente através dos nervos que controlam os músculos; a parada respiratória, quando a tetanização envolve os músculos do sistema pulmonar inibindo a respiração; as queimaduras provocadas, por efeito Joule, pela circulação da corrente elétrica pelo corpo; e a fibrilação ventricular, quando a corrente elétrica atinge os músculos do coração.
Deve-se ter muito cuidado quando se trabalha com eletricidade. É uma atividade prazerosa, mas pode trazer consequências alarmantes e irreversíveis para o ser humano.
Nós voltaremos a falar sobre choque elétrico quando formos tratar de aterramento elétrico e da sua importância na proteção do homem ao trabalhar com equipamentos, condutores e dispositivos elétricos.
Após essas reflexões sobre a passagem da corrente elétrica por corpos de naturezas diversas, vamos retomar nossa conversa sobre capacitores e indutores e ver como eles se comportam em circuitos de corrente contínua.
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