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Nesta etapa devemos fazer a exploração do espaço de projeto, analisando as combinações possíveis na solução a ser implementada.
A demanda crescente do mercado de sistemas embarcados faz com que o tempo de projeto e lançamento do produto no mercado (time to market) seja cada vez menor. Além disso os produtos desse mercado possuem um tempo de vida relativamente curto em relação a outras aplicações. Então, para um produto ser competitivo no mercado deverá ter um time to market reduzido. Quanto maior for o atraso no lançamento do produto no mercado, maior será a perda nos lucros.
O processo de desenvolvimento tradicional de sistemas com componentes de hardware e de software baseado no desenvolvimento primeiro do hardware e depois do software tem se mostrado cada vez mais difícil e custoso. Muitas vezes, problemas na interface hardware/software somente são descobertos quando estamos na fase de prototipagem, ao avaliarmos o protótipo do sistema, ou até mesmo somente durante a integração e teste do sistema. A descoberta tardia desses problemas implica em projetos mais caros e em estouro do cronograma inicial, pois o reprojeto e o ajuste necessário entre hardware e software é demorado e de alto custo.
O uso de técnicas de coprojeto hardware/software permite uma significativa redução no custo e no tempo do projeto desses sistemas. O crescente interesse em coprojeto hardware/software pode ser justificado pelo avanço tecnológico e pela crescente complexidade das aplicações. A disponibilidade de ambientes de projeto suportando desde a especificação até a prototipação de sistemas digitais complexos tem permitido o projeto de uma variada gama de aplicações cada vez mais complexas.
O particionamento em hardware e software consiste em decidir como será o mapeamento do sistema entre componentes de hardware e software. Fazemos uma seleção dos componentes da arquitetura alvo e o particionamento da funcionalidade do sistema entre esses componentes. Isso deve atender restrições de projeto tais como: custo, desempenho, área e consumo de energia.
Outra estratégia bastante usada para ajudar na redução do tempo e do custo de projeto é o reuso dos componentes de hardware e de software preexistentes. Esses componentes podem já ter sido desenvolvidos pela equipe ou podem ser licenciados de terceiros.
Em muitos projetos também conseguimos reduzir o “time to market” quando fazemos o reuso de uma plataforma. Uma plataforma representa um conjunto de componentes fixos de hardware e de software, cuja complexidade de desenvolvimento implicaria em um tempo maior de projeto. Assim, um projeto baseado em plataforma permite que avaliemos componentes configuráveis de hardware e de software associados a essa plataforma composta pelos componentes complexos. Fazemos isso com a intenção de reduzir custos e tempo de desenvolvimento, riscos do projeto, além do time to market.
Alguns exemplos de plataformas muito utilizadas em projetos baseados em plataforma são: FPGAs, Arduíno e Rapsberry PI.
Se você quiser conhecer melhor as plataformas Arduíno e Rapsberry PI ou outras plataformas que possam ser utilizadas em projetos baseados em plataforma, pode fazer uma pesquisa na internet. Acesse os links para melhor esclarecimento:
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