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Na mais pura designação do termo, serve principalmente para organizar, abrigar e proteger estruturas relacionadas a equipamentos ativos (HUBs, switches, roteadores) e passivos (patch panels, DIO, blocos de transição de mídia) da estrutura de cabeamento de uma rede.
Toda rede deveria ter um armário de telecomunicações porque deixa a estrutura de cabeamento bem mais segura e prática de se usar, inclusive para fazer alterações mais dinâmicas, como as manobras de cabos. Essas manobras de cabos são atividades relativamente corriqueiras por meio das quais se ativa ou desativa determinados pontos da rede, pela simples mudança de posição dos patch cords, os cabos flexíveis de manobras que ligam os patch panels aos equipamentos ativos de interconexão, HUB ou switch.
As outras funções dos armários de telecomunicações são abrigar, proteger, organizar e economizar, sobretudo, espaço. Isso também inclui sistemas de provimento de energia como no breaks e/ou UPS (Uninterrupt Power Suplier).
Se você já ouviu falar de cluster de servidores, já deve ter pensado como eles são organizados. Eles são organizados em HDRM, ou melhor, em montagem em rack de alta densidade. Os servidores são montados em gabinetes especiais, com trilhos, que são então encaixados nos racks, um em cima do outro. Com isso, em uma área bem reduzida podemos empilhar algo em torno de 16 servidores. Isso representa uma grande economia de espaço físico, sobretudo de área útil.
Impressionado? Isso é só o começo. Se considerarmos os recentes recursos de virtualização, esses 16 servidores físicos poderão abrigar 5 servidores virtuais, dependendo do porte de cada servidor físico, ou mais. Assim, teremos impressionantes 80 servidores em um único rack.
Os gabinetes modernos para servidores de pequeno e médio porte já vêm padronizados para encaixar nos racks de 19” de largura. Assim, só é necessário se preocupar com duas dimensões, a altura e a profundidade, porque a largura é padronizada em 19” (polegadas).
A medida de 19” não é a única disponível para armários de telecomunicação. Também existem pequenos e práticos armários de 12” de largura para uso em residências ou microempresas.
É mais comum encontrarmos gabinetes para servidores em racks, com 2U de altura, bem empregados em estruturas HDRM para provedores de páginas na internet e com discos rígidos fixos, normalmente com dois discos rígidos hot swap (possibilidade de trocar um item de hardware “a quente”, sem ter que desligar o computador). São ótimos para estruturas em cluster. Os de 4U, com até 4 ou 5 discos rígidos, são mais comuns em racks altos e tendem a ser um único servidor de uma empresa de porte médio ou um servidor réplica.
A altura dos racks também é expressa em U. Cada U equivale a 4,5 cm. Já a profundidade é especificada em milímetros e, normalmente, encontramos em 370 e 470 mm, para racks adequados a pequenas redes e equipamentos ativos mais compactos, 570 mm, para redes maiores, e/ou com equipamentos maiores. Os de 670 e 770 mm são mais indicados para abrigar servidores em data centers e alguns menos comuns de 870 mm, chamados de bastidores e usados em grandes empresas e em superestruturas de servidores para missão crítica. Há, atualmente, bastidores com até 1000 mm de profundidade e 52 U de altura, muito comuns em data centers para uso juntamente com servidores blade.
Se você ainda está em dúvida se o certo é rack ou armário de telecomunicação, saiba que os dois estão corretos. Normalmente, o termo armário de telecomunicação é mais empregado quando ele é utilizado para abrigar equipamentos ativos e passivos para redes, enquanto que rack é usado quando se tem hardwares de servidores.
Existem algumas diferenças, o rack é ligeiramente mais caro e costuma trazer espaços específicos em seu projeto, inclusive para passar tubulações para refrigeração líquida de microprocessadores, enquanto que o armário de telecomunicações é um pouco mais simples nesse sentido. Na prática, trata-se de produtos similares com leves retoques. Além do mais, os racks podem ser totalmente abertos, com apenas duas colunas ou ter apenas as laterais e a parte traseira, para ser fixado em paredes, situação na qual são chamados de wall rack ou bracket.
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