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arrow_back Aula 09 - Roteamento – Parte III

Protocolos de Roteamento Dinâmico

Para resolver os problemas do roteamento estático, foi criado um esquema de roteamento chamado de roteamento dinâmico, através do qual cada roteador executa um programa que transmite informações para os demais roteadores, de modo que todos possam criar e manter a tabela de rotas automaticamente.

É importante observar que o roteamento se dará da mesma forma que antes, ou seja, quando um roteador recebe um pacote, ele consulta sua tabela de rotas e decide para onde o pacote deve ser encaminhado.

O que muda é apenas a forma como a tabela de roteamento é preenchida. Enquanto que no roteamento estático isso é feito manualmente pelo administrador da rede (uma pessoa), no roteamento dinâmico isso é feito automaticamente por um programa.

Métrica

Muitas vezes existem vários caminhos (rotas) possíveis para chegar até uma rede de destino. Como decidir qual deve ser utilizado?

Por exemplo, olhe a rede da Figura 8. Veja que o Roteador 2 tem dois caminhos para chegar até a Rede C: indo direto para o Roteador 3 (caminho 1) ou passando pelo Roteador 1 (caminho 2).

Necessidade de métrica para o roteamento

Pode parecer que o Caminho 1 é o melhor. Será? Se considerarmos o número de roteadores/links por onde os pacotes passarão até atingirem o destino, esse é mesmo o melhor caminho.

Mas se o link entre os Roteadores 2 e 3 fosse de 2 Mbps, e os links entre o Roteadores 2 e 1 e entre os roteadores 1 e 3 fossem de 16 Mbps. Qual seria o melhor caminho? Provavelmente, agora o melhor caminho seria o Caminho 2.

Dissemos “provavelmente”, porque ainda podemos pensar em outra situação. Se os links do Caminho 2 já estivessem sendo utilizados na sua capacidade máxima, ou seja, 16 Mbps, e o link do Caminho 1 estivesse ocioso. Nesse caso, talvez fosse melhor usar mesmo o Caminho 1.

Disso tudo, tiramos a seguinte conclusão: o melhor caminho é algo que deve ser decidido em relação a algum parâmetro. A esse parâmetro dá-se o nome de métrica. Na nossa discussão, citamos exemplos de três métricas diferentes: o número de roteadores (hops) no caminho, a capacidade do link, a taxa de utilização do link.

Um protocolo de roteamento dinâmico pode considerar mais de uma métrica para escolher o melhor caminho. Além disso, existem protocolos de roteamento dinâmico que permitem que você escolha a métrica a ser considerada, entre um conjunto de opções, enquanto outros protocolos suportam apenas uma determinada métrica.

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