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arrow_back Aula 02 - Introdução aos Microcontroladores – Parte II

Um pouco de história

Aos microprocessadores 68030 e 80386DX sucederam os também de 32 bits, 68040 e 80486DX.

O 80486DX apresentou uma arquitetura escalar, em pipeline único com quatro níveis, extremamente otimizado, e incorporou on-chip uma unidade de memória, chamada de cache L1, e uma unidade em ponto flutuante que permitia a execução de instruções com números reais em ponto flutuante.

Posteriormente, a Intel lança a linha PENTIUM, também de 32 bits, a qual deu origem à saga de microprocessadores atuais e cujas características você lida no dia a dia.

Paralelamente, na busca de melhores performances tão bem quanto de novos mercados, os produtores de microprocessadores procuraram especializar os seus projetos. Como resultado desse esforço, em 1974, a Texas Instruments produziu o primeiro microcontrolador: o TMS1000.

Esses microcontroladores, em essência, se constituíam em um completo microcomputador em um chip. A inclusão de memória e de unidades periféricas no chip o fez particularmente eficiente em aplicações de sistemas embarcados onde custo, tamanho e consumo de energia deviam ser mantidos extremamente baixos.

Em 1980, a Intel lançou a família de microcontroladores 8748. Essa família integrou muitos periféricos, inclusive uma memória de programa que podia ser apagada e reprogramada pelo projetista. Tais características abaixaram os custos de desenvolvimento dos sistemas à microcontrolador e permitiu o seu uso em aplicações de sistemas embarcados de baixos volumes.

Já na década de 1990, vários fabricantes optaram pela fabricação de microcontroladores de baixo custo, a exemplo da Microchip, que com seus carros chefes, os microcontroladores PIC (abreviatura usada para Peripheral Interface Controller  – controlador de interfaces periféricas ou simplesmente controlador de periféricos), passou, de 1990 a 1997, da 20a para a 2a posição no rank do mercado mundial de fabricantes de microcontroladores de 8 bits, ficando abaixo somente da Motorola e na frente de outros gigantes como a Intel e a National.

Em 1983, surgiu o primeiro DSP. Foi lançado pela Texas Instruments, o TMS320C10, especificamente projetado para resolver problemas de processamento digital de sinais, até essa época, feito totalmente no domínio da eletrônica analógica.

Paralelamente ao desenvolvimento dos DSPs da Texas, a Microchip desenvolveu uma família de controladores digitais a qual denominou de DsPICs (Digital Signal Controllers).

Hoje, com a presença de baratos e eficientes DSPs e DsPICs, o processamento digital de sinais se incorporou a um conjunto muito grande de áreas da produção industrial onde, principalmente, são exigidos algoritmos eficientes e rápidos para a compressão de dados, análise e controle de processos, aquisição e análise de dados.

A diferenciação introduzida pela absorção de periféricos específicos nos microprocessadores gera componentes extremamente especializados. Alguns, por exemplo, são especificamente projetados para aplicações em protocolos de comunicação (Ethenet, USB, etc.) enquanto outros são especificamente projetados para uso em motores elétricos. O benefício de tais especificações é a produção de projetos eficientes, em termos de custo, tamanho e consumo de energia.

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