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O para-raios é um sistema de proteção contra descargas elétricas atmosféricas (SPDA) cuja função é atrair os raios para si, desviando-os de pessoas, prédios e objetos sob sua área de proteção, de modo a conduzi-los à terra de forma controlada e segura, sem oferecer risco às pessoas e evitando possíveis danos materiais.
O para-raios foi inventado por Benjamin Franklin (já lhe foi falado sobre ele na primeira aula sobre Noções de Eletricidade). Reza a lenda que, para testar as suas teorias sobre eletricidade atmosférica e provar que o raio era de fato um fenômeno de natureza elétrica, ele teria empinado uma pipa com uma chave de metal pendurada nela, durante uma tempestade. Será? Bom, sabemos que ele escapou de morrer atingido por um raio! A Figura 10 ilustra o famoso experimento de Franklin e sua pipa voadora.
Um para-raios é constituído por três partes principais: o sistema responsável pela captação do raio, o sistema responsável pela condução do raio à terra e o sistema de aterramento, responsável por dissipar a energia do raio no solo. A seguir, a Figura 11 mostra uma instalação típica de para-raios.
O sistema de captação do raio é constituído por um ou mais elementos captores sustentados por um mastro ou haste metálica. Em um para-raios comum, também denominado para-raios Franklin, em homenagem ao seu inventor, o elemento captor utiliza o princípio do poder das pontas para atrair o raio, assim, trata-se simplesmente de um condutor metálico com uma ou mais pontas (nesse caso, um buquê, como o mostrado na Figura 12).
Um para-raios tipo Franklin cria uma região de proteção no seu entorno na forma de um cone com vértice no elemento captor e cuja geratriz forma um ângulo de 60° com a vertical, conforme mostrado na Figura 13. A partir desta figura, podemos concluir que para termos uma boa cobertura protegida, o para-raios deve ser instalado o mais alto possível, o que pode demandar a instalação de uma torre.
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