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arrow_back Aula 02 - Selecionando palavras para a inferência contextual

O que é inferência contextual?

Quando estamos lendo um texto em inglês e encontramos uma palavra desconhecida, nosso primeiro reflexo é buscar o significado em algum dicionário. Entretanto, essa recorrência constante ao dicionário toda vez que encontramos uma palavra desconhecida pode prejudicar a nossa compreensão, pois paramos de ler o texto e interrompemos o nosso raciocínio. Após procurarmos o significado ou a tradução da palavra, ainda temos de escolher a mais apropriada para o contexto e, quando retomamos, já nem sabemos mais o que estávamos lendo e, às vezes, aquela palavra nem era tão importante e poderia ter sido ignorada. Ficamos naquele exercício mecânico de buscar traduções, sem conseguir conectar as ideias e entender o texto de uma forma mais geral.

Além disso, quando fazemos a busca por uma palavra, dificilmente aprendemos, de fato, o significado dela. Olhamos a definição, lemos o texto, entendemos e, minutos depois... ESQUECEMOS O SEU SIGNIFICADO!

Por isso, o melhor a ser feito é continuar lendo, tentando entender o texto por meio das palavras já conhecidas e, caso a palavra que você não conhece seja importante, pode voltar e tentar inferi-la pelo contexto. Recorrer ao dicionário seria a última opção.

Para isso, precisamos saber selecionar bem as palavras que são importantes, pois muitas são palavras secundárias, que não fazem diferença para o nosso entendimento. Chamamos essa estratégia de leitura de seletividade.

Seletividade consiste em diferenciar a ideia principal de um texto das ideias secundárias. Assim, você consegue identificar quais as partes importantes e, consequentemente, selecionar as palavras-chave, as mais frequentes e as que possuem uma maior carga semântica para o texto, para, então, focar suas inferências nessas palavras. Você não precisa entender todas as palavras de um texto para compreendê-lo. A seletividade te ajuda a operacionalizar essa leitura, distinguindo o que é relevante do que pode ser ignorado.

Clique aqui para ver um exemplo.

Inferência contextual é se deparar com uma palavra desconhecida e, ao invés de recorrer a um dicionário, tentar perceber seu significado pelo entendimento do contexto, isto é, atentando à sentença em que a palavra aparece, assim como observando as frases anteriores e posteriores.

Inferência também refere-se a ler nas entrelinhas, ou seja, compreender mensagens que não estão expressas de maneira explícita no texto. Essa compreensão é baseada nas pistas dadas pelo texto, assim como no conhecimento prévio do leitor.

Para ler nas entrelinhas, precisamos ter uma compreensão das ideias como um todo, não das palavras individualmente. Segundo Souza (2005), para fazermos a inferência de ideias ou palavras de um texto, podemos usar os seguintes recursos:

  • Conhecimento prévio, também conhecido como background knowledge, é relativo ao conhecimento que já possuímos sobre o assunto;
  • Contexto semântico é referente ao significado das palavras e das ideias a partir do contexto em que elas estão inseridas, isto é, diz respeito ao significado do texto como um todo;
  • Contexto linguístico é relacionado à questão gramatical e à classe a que a palavra pertence (se é verbo, substantivo, adjetivo, etc.);
  • Contexto não-linguístico refere-se à informação não-verbal, às dicas contidas nas imagens, nas tabelas, nos gráficos, etc.;
  • Conhecimento sobre a organização textual diz respeito a como o texto está estruturado, dividido, às informações contidas no título, subtítulo, etc.

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