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arrow_back Aula 02 - SO: O Gerente do seu Computador (Módulos de um SO, Conceito de Processo)

Gerenciador de Arquivos

Agora, imagine as gavetas de sua mesa de estudos. E se, ao abrirmos elas, todo o seu material escolar estivesse desorganizado? Você, provavelmente, perderia um bom tempo procurando por seus livros, revistas, listas de exercícios e qualquer material que precisasse.

Mas, se todo o conteúdo das gavetas estivesse organizado com áreas nas gavetas dedicadas para cada uma das disciplinas, então, seria mais prático e simples procurar por um determinado livro ou revista. E é exatamente dessa forma que os sistemas operacionais gerenciam os dados armazenados.

Assim, os programas podem acessar os dados armazenados nos discos por meio dos serviços disponibilizados pelo sistema operacional para manipulação de arquivos. Esses serviços são acionados através de mecanismos denominados como chamadas de sistemas; ações típicas associadas aos serviços de gerenciamento de arquivos consistem em criar, ler, gravar e remover arquivos, as quais podem ser realizadas nos processos de forma simples.

O conceito de diretório ou pasta de arquivos está relacionado à maioria dos sistemas operacionais como uma forma de agrupar os arquivos, possibilitando uma forma de organização hierárquica em que, dentro de um diretório, podem existir arquivos e outros diretórios. Essa estrutura pode ser comparada a uma árvore, pois no decorrer do tempo ela vai formando uma rede de diretórios e arquivos interligados a partir de um diretório raiz. A Figura 4 representa a relação de uma estrutura de arquivos organizada dessa forma. Na aula 3 foi apresentado um exemplo de uma hierarquia de diretórios usando a estrutura e nomenclatura normalmente empregada pelos sistemas Linux.

Árvore de diretórios

Para os programas manipularem os arquivos, eles precisam descrever o nome do arquivo que deve especificar todo o caminho, que é a sequência de diretórios a partir do diretório raiz, até chegar ao arquivo. Um exemplo simples usando a árvore da Figura 4 seria considerando o caminho completo do arquivo listMat.txt:

/Disciplinas/Listas/Matemática/ListaMat.txt

Mas, essa não é a única forma a ser adotada para manipular um arquivo. Dado que para cada processo existe um diretório de trabalho atual, pode-se utilizar esse diretório para descrever o caminho parcial do arquivo a partir dele. Dessa forma, se o processo deseja manipular esse arquivo, ele pode, simplesmente, informar o caminho parcial, seguindo os ramos da árvore a partir do diretório de trabalho atual. Deve-se destacar que o diretório atual pode ser mudado pelo sistema operacional durante a execução do programa.

Além da informação do nome de caminho, a maioria dos sistemas operacionais atuais define mecanismos de segurança de dados que consiste em descrever níveis de permissão para que usuários possam ser controlados nas operações de acesso ou alteração dos diretórios e arquivos.

Por exemplo, cada processo recebe o código de identificação do usuário que o criou. Por meio desse código, é verificado o nível de acesso ao arquivo, no momento em que ele for manipulá-lo; assim, o sistema operacional pode verificar se o programa tem permissão de ler o conteúdo do arquivo e até mesmo alterá-lo.

Na aula sobre Gerenciamento de arquivos (Aula 7), vamos apresentar detalhes de como funciona esses mecanismos de segurança e apresentar os diferentes formatos e estruturas de arquivos, além de saber como identificar as principais diferenças entre elas.

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