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Primordialmente, os sistemas elétricos destinavam-se exclusivamente ao suprimento de sistemas de iluminação e, substancialmente, à corrente contínua. Gradativamente, com o surgimento dos geradores CA (corrente alternada) e de dispositivos, tais como os transformadores que possibilitaram a transmissão e a distribuição de energia elétrica em níveis de tensão muito maiores e em longas distâncias, os sistemas elétricos em corrente alternada foram substituindo os de corrente contínua. Nesse contexto evolutivo, os sistemas em corrente alternada, inicialmente de fase única ou monofásicos (fase-neutro), por questões econômicas e de facilidade de uso, deram origem aos sistemas elétricos polifásicos (sistemas elétricos com múltiplas fases, cada fase de mesma amplitude, mas defasadas por um ângulo de 360º/n, em que n corresponde ao número de fases). Dentre os sistemas polifásicos, por questões econômicas e construtivas dos geradores, se sobressai e se universaliza os sistemas elétricos trifásicos, que como o próprio nome indica, é constituído de três fases, de mesma amplitude e frequência, porém defasadas eletricamente de 120º.
Um sistema trifásico pode ser produzido conforme o esquema simplificado mostrado na Figura 12. Contrariamente ao modelo elementar apresentado nas figuras 3a e 3b, os três enrolamentos são estáticos e, necessariamente, devem apresentar o mesmo número de espiras enquanto o rotor (campo magnético girante) se movimenta. As três fases geradas são frequentemente representas pelas letras A, B e C ou R, S e T. Observa-se, pela Figura 13, representativa das três fases geradas, de mesma amplitude e frequência, defasadas de 120º que, em qualquer instante t, o somatório das tensões e correntes é sempre nulo.
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