Transmissor - pt.2

Os padrões analógicos podem ser classificados em duas categorias: sinais de tensão e de corrente. Os sinais de tensão são normalmente padronizados para trabalhar com as seguintes faixas de tensão: 0 a 5V, 1 a 5V, 0 a 10V ou 0 a 12V, com 0 a 5V sendo a forma mais comum. Quanto aos sinais de corrente, estes foram padronizados para trabalharem em três faixas: 0 a 20 mA, 4 a 20 mA e 10 a 50 mA, com 4 a 20 mA sendo o padrão mais utilizado.

Apesar de existirem transmissores que utilizem sinais de transmissão começando com zero (0 a 20 mA, 0 a 5 V), é recomendável que os sinais de transmissão analógica normalmente comecem em um valor acima do zero, para se ter uma segurança em caso de rompimento do meio de comunicação.

As vantagens proporcionadas por esse tipo de transmissão são as seguintes: transmissão para longas distâncias sem perdas; possibilidade de comunicação pelos próprios fios que alimentam o sensor (comunicação 2 fios); não necessidade de equipamentos auxiliares, como nos pneumáticos; fácil comunicação com computadores e controladores; fácil instalação mecânica e elétrica; possibilidade de que o mesmo sinal, por exemplo, 4 a 20 mA, seja enviado a mais de um instrumento, ligando-os em série. Essa transmissão tem como desvantagens: uso de instrumentos e cuidados especiais em instalações localizadas em áreas de risco; fazer uma análise prévia na escolha do encaminhamento dos cabos ou fios de sinais; os cabos e fios de sinais devem ser protegidos contra ruídos elétricos.

Além das características já listadas, na transmissão de sinais na forma digital as informações sobre a variável medida são enviadas em forma de "pacotes" de sinais digitais modulados e padronizados. Entretanto, para que haja efetivamente uma comunicação entre o transmissor e receptor é utilizada uma "linguagem" padrão, chamada de protocolo de comunicação. Existem diversos protocolos utilizados para a interconexão de instrumentos nas redes industriais (fieldbus).  Por exemplo: HART, Modbus, Foundation Fieldbus, Profibus PA, AS-I, DevideNET etc.

Dentre as vantagens desse modo de transmissão, podemos listar as seguintes: os instrumentos não necessitam de ligação ponto a ponto; ele é imune a ruídos externos; permite configuração, diagnóstico de falha e ajuste em qualquer ponto da malha e menor custo final. Os principais problemas encontrados ao se trabalhar com essa tecnologia são: a existência de vários protocolos no mercado, dificultando a comunicação entre equipamentos de diferentes fabricantes; o rompimento no cabo de comunicação, que leva a uma perda de informação e/ou controle de algumas malhas.

O termo transmissor também é utilizado para os dispositivos que integram um sensor, transdutor e transmissor no mesmo dispositivo.

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