O multímetro

O próximo instrumento a ser apresentado neste curso será o multímetro, um dos instrumentos mais utilizados por profissionais que trabalham com circuitos elétricos e eletrônicos, o qual é utilizado no teste e verificação de componentes e na verificação do funcionamento dos circuitos.

Nesta aula, veremos que, para medir o valor da tensão, deve-se utilizar um voltímetro; para medir o valor da corrente, um amperímetro; para medir valores de resistências, um ohmímetro. Esses três instrumentos medem as grandezas elétricas mais comuns.

Agora, imagine se você necessitar realizar outra medida, como, por exemplo, a frequência do sinal. Para isso, outro instrumento poderia ser necessário, como por exemplo, um frequencímetro ou, embora seja razão de um estudo futuro, um osciloscópio. Resumindo, manipular quatro ou cinco instrumentos diferentes não é nada bom, concorda?

Mas isso pode ser ainda mais inconveniente, por exemplo, se você necessitar realizar essas medidas em uma máquina instalada em um chão de fábrica. Além de manipular quatro ou cinco instrumentos diferentes, com vários cabos para cada um deles, você ainda tem de transportá-los até o local de instalação do equipamento a ser monitorado. E isso, realmente, não é nada agradável. Pensando na dificuldade de manipulação e transporte quando ia realizar a manutenção dos sistemas de telecomunicação, por volta de 1920, Donald Macadie, um engenheiro do serviço postal Inglês (British Post Office), desenvolveu um instrumento que podia medir tensão e corrente, o qual foi chamado de Avometer e é considerado o primeiro multímetro desenvolvido.

Nos dias atuais, o multímetro é um dos instrumentos de medida de grandezas elétricas mais utilizados entre os profissionais da área. Um multímetro deve incorporar, por padrão, um voltímetro, um amperímetro e um ohmímetro, mas, adicionalmente, pode incorporar outros instrumentos como o capacímetro, o frequencímetro, o termômetro, entre outros.

Agora você deve estar pensando: se o primeiro multímetro foi desenvolvido quase há um século, devem existir inúmeros modelos de multímetros. E agora?

Para facilitar o entendimento, dividiremos os multímetros em duas classes, os analógicos e os digitais. Na Figura 1, são apresentados um modelo digital e outro analógico. Quanto aos multímetros analógicos, funcionam com base no galvanômetro, como pode ser visto na Figura 2, um instrumento que move um ponteiro preso a uma mola, cujo erro de medição é provocado principalmente pela sua fadiga, que se contrai ou se estende de acordo com a intensidade do campo magnético, que é proporcional à corrente que a circula. Já os multímetros digitais utilizam circuitos integrados de conversão analógico/digital. Com o passar do tempo, tanto os multímetros analógicos quanto os digitais podem apresentar erros em suas medições, por isso, necessitam, periodicamente, serem recalibrados.

 Multímetro portátil digital (à esquerda) e multímetro portátil analógico (à direita).

Você Sabia?

Os instrumentos analógicos, apesar de parecerem obsoletos, ainda são bastante utilizados na indústria e, devido à sua construção, alguns modelos são capazes até de indicar mais rapidamente a presença de variações no sinal medido que um instrumento digital mais moderno.

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