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Olá, caro aluno!
Nesta primeira videoaula, você irá aprender sobre os conceitos básicos da Programação Estruturada e da Linguagem de Programação JavaScript. Inicialmente, você irá entender a origem e a importância do estudo dessa forma de programação modular e da linguagem de programação JavaScript, a qual é caracterizada como uma linguagem portável, como você verá mais adiante.
No decorrer desta videoaula, serão apresentados conceitos utilizados na área de programação, visando a sua preparação para se lançar nesse mundo intrigante da criação de programas computacionais. Então, a partir de agora, embarque nesse maravilhoso mundo de desafios e descobertas sobre a programação!
Para iniciarmos, é importante que você saiba que o termo Programação Estruturada é usualmente associado ao paradigma (estilo) de programação imperativo, já trabalhado na disciplina de Lógica de Programação. Ele é baseado na entrada, armazenamento, processamento e saída de dados. Por ter uma estrutura similar à arquitetura de Von Neumann, é bastante eficiente em termos de tempo computacional para resolução de problemas. Existem diversas linguagens que seguem o paradigma imperativo, como exemplo podemos citar o JavaScript, a linguagem que utilizaremos nesta disciplina; mas também há outras linguagens muito importantes, como C.
Você já conhece a linguagem de programação JavaScript? Já pesquisou sobre isso? Bem, a linguagem JavaScript é atualmente uma das mais conhecidas no mercado e na academia, sendo utilizada por boa parte dos programadores do mundo inteiro.
O desenvolvimento do JavaScript teve início quando a Nestcape percebeu, em 1995, que as páginas web precisavam ser mais dinâmicas. Assim, observou-se que o HTML precisava de algum tipo de linguagem de programação que fosse simples para designers e programadores iniciantes. Como a Netscape tinha uma colaboração com a Sun Microsystems, detentora dos direitos de Java, decidiu-se que esta linguagem deveria complementar o Java e ter uma sintaxe semelhante. Brendan Eich desenvolveu o primeiro protótipo da linguagem em apenas dez dias e o apresentou em maio de 1995.
Ao longo dos anos, a linguagem foi então padronizada e teve sua primeira versão, cujo nome oficial era ECMAScript 1, lançada em 1997, e evoluiu até que, em 2018, foi lançada a ECMAScript 2018.
Ao lado do HTML e do CSS, o JavaScript é uma das três principais tecnologias da World Wide Web. Usando HTML, podemos definir o conteúdo das páginas web. Usando CSS, podemos especificar o layout das páginas web. Por fim, usando JavaScript, podemos programar o comportamento das páginas web. Portanto, JavaScript é uma parte extremamente importante dos aplicativos de internet, pois permite a construção de páginas web interativas.
De uma maneira bastante simplista, os sistemas web podem ser divididos em clientes, que são as páginas web que estão nos navegadores de nossas máquinas, como o Chrome e o Firefox, e em servidores, que recebem as requisições das nossas páginas, as processam e dão alguma forma de retorno.
Hoje, JavaScript é a principal linguagem para programação do cliente de sistemas web, isto é, JavaScript é a principal linguagem para programação da interatividade das páginas que são exibidas em nossos navegadores. No entanto, ela também é bastante utilizada do lado do servidor, através do Node.js, tecnologia que não será vista nesta disciplina, mas você conhecerá ao longo do curso de Informática para Internet.
Dentre as suas principais características, podemos destacar que Javascript é uma linguagem de programação interpretada, fracamente tipada e multiparadigma. Que tal agora entender melhor cada uma dessas três características?
Ao escrever um programa, dizemos que o programador escreveu o código-fonte do programa. Para rodar esse programa, precisamos interpretá-lo ou compilá-lo. Interpretar é entrar com o código-fonte em um programa chamado de interpretador. Isso foi o que você fez na disciplina de Lógica de Programação. Você usou uma ferramenta que lia o código escrito em português e o executava, comando por comando. Veja isso nesta figura:
Observe na figura o uso da terminologia máquina virtual no caso do interpretador. Essa máquina virtual simula uma máquina física que entende a linguagem escrita pelo ser humano. Lembre-se que as máquinas reais, os computadores, só entendem sinais elétricos, representados pelos bits 0 e 1 (linguagem de máquina). Por isso, a máquina virtual tem a função de traduzir cada comando, um por vez, em comandos que possam ser entendidos por ela. Ou seja, ela traduz os comandos para a linguagem de máquina.
No caso do compilador, essa ferramenta lê o código-fonte por completo, realiza várias verificações e, por fim, gera um código de saída com o mesmo comportamento do programa de entrada, porém, escrito na linguagem que a máquina compreende.
Qual o melhor processo a ser utilizado? Compilação ou Interpretação? Cada um deles tem suas vantagens e desvantagens. Na compilação, temos a vantagem de realizar uma enorme quantidade de verificações de erro antes de gerarmos o código que será executável na máquina. Caso exista algum erro no programa, o código executável não será gerado. Entretanto, ao gerarmos o programa executável, ele acaba sendo específico para uma determinada plataforma de software e hardware.
Por esse motivo, muitas vezes são geradas (compiladas) várias versões de um mesmo programa-fonte, uma para cada possível ambiente de execução (Linux ou Windows, 32 ou 64 bits etc.). É muito chato, tanto para o desenvolvedor do software como para o usuário, ficar escolhendo entre várias versões, qual a correta para baixar, de acordo com a máquina que vai utilizar o software.
Na interpretação, não temos as diversas verificações que são feitas pelo compilador, ou seja, podemos começar a executar um programa e ele poderá parar pela metade porque o programador esqueceu de colocar o símbolo "+" em uma operação de soma, por exemplo.
Entretanto, a interpretação nos traz a possibilidade de se obter portabilidade, pois, para rodar um mesmo programa em ambientes diferentes, é só fazer uso de máquinas virtuais específicas para cada um deles. Isso quer dizer que, ao instalarmos uma máquina virtual (interpretador da linguagem) na nossa máquina, precisaremos fazer o download da versão correta, de acordo com nossa plataforma (computador/sistema operacional).
Entretanto, qualquer programa escrito na linguagem pode, em teoria, ser executado em qualquer máquina virtual, esteja ela instalada em um computador, com processador de 32 ou de 64 bits, com Linux ou Windows, ou em um aparelho de TV ou geladeira etc.
Todos os navegadores da web modernos e populares suportam JavaScript com interpretadores integrados.
A segunda principal característica de JavaScript é que ela é uma linguagem fracamente tipada, ou, no linguajar de alguns programadores, permite uma tipagem dinâmica. Essa é uma característica da maioria das linguagens de script, como JavaScript. Nessas linguagens, tipos são associados com valores e não com variáveis. Na prática, você não precisa definir no programa qual o tipo de uma variável. Por exemplo, uma variável x pode receber um valor inteiro em um determinado momento do programa e, mais tarde, receber uma string.
A última característica de JavaScript que discutiremos nesta aula é que ela permite a utilização de diferentes paradigmas de programação em seus programas. Os paradigmas de programação determinam como o programador enxerga o seu programa. Por exemplo, nesta disciplina, você verá a programação estruturada, onde os programas são vistos como uma sequência de comandos usando atribuições, chamadas de funções, condicionais, laços de repetição e estruturas em bloco. Por outro lado, durante o curso de Informática para Internet, você conhecerá o paradigma de programação orientado a objetos, no qual os programas são vistos como objetos que interagem entre si, também usando JavaScript.
Chegou a hora de testar seu conhecimento sobre o que foi visto nesta videoaula! Vamos lá?
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